sábado, 4 de julho de 2015

Nos pênaltis, Chile bate a Argentina e conquista a Copa América em casa


MSN: Foi nervoso. Foi dramático. Foi emocionante. Mas não poderia ser diferente: depois de empatar em 0 a 0 no tempo normal e também na prorrogação, o Chile bateu a Argentina nos pênaltis e conquistou o título da Copa América, neste sábado, no Estádio Nacional, em Santiago. É o primeiro troféu da história do time comandado por Jorge Sampaoli.

O presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout, foi o responsável por entregar a taça.

Esse foi o seu primeiro jogo na Copa América. Com o seu nome ligado às investigações do FBI nos casos de corrupção na Fifa, ele chegou a Santiago somente na manhã deste domingo.

Os chilenos garantiram US$ 6,5 milhões (R$ 20,5 milhões) em premiação.

Suaram para isso.

Em campo, o Chile não precisou de mais do que dez minutos para afastar de uma vez por todas a sensação que havia de que estava "c... de medo" após o 6 a 1 da Argentina sobre o Paraguai, nas semifinais. Não poderiam estar mais equivocados: os donos da casa deram um vareio nos minutos iniciais e começaram a partida em um ritmo alucinante.

Com 15 minutos, contavam com 70% da posse de bola.

Não fosse por Romero, teria sido suficiente para sair na frente no placar. Aos 10, Sánchez recebeu passe de Valdivia na direita, arrancou e cruzou na área para corte parcial de Demichelis. O zagueiro afastou mal e deixou a bola livre para finalização de Vidal. O meia pegou de primeira e exigiu grande defesa.

Foi por pouco.

A pressão era toda dos chilenos, mas os argentinos, enfim, chegaram.

Em cobrança de falta de Messi, Agüero se antecipou à defesa e completou de cabeça para Bravo salvar os donos da casa, aos 19.

A bola não parava.

Os comandados de Sampaoli levaram perigo novamente aos 22, aproveitando a avenida deixada por Rojo em suas costas para lançar Vargas na direita. O goleador da Copa América entrou em diagonal, mas, na hora de finalizar, mandou por cima.

Faltava pontaria ao Chile. Faltava sorte à Argentina.

Aos 28, Di María sentiu lesão e deixou mais cedo o gramado para entrada de Lavezzi. O meia-atacante do Manchester United já havia ficado de fora da final do último Mundial por problemas físicos.

Antes da ida para o intervalo, Vidal de um lado e Lavezzi do outro ainda receberam dentro da área, mas foram bloqueados ao finalizar. Sobraram chances de gol para os dois times no primeiro tempo.

Mesmo sem o brilho das semifinais, Messi teve participação importante nos 45 minutos iniciais ao arrancar cartões amarelos para Medel e Marcelo Díaz, dois dos três zagueiros chilenos.

O Chile manteve a pressão na volta dos vestiários.

O domínio da Roja era diferente, no entanto. Não se fazia sentir pela intensidade, mas pela posse de bola. O ritmo em campo foi outro no segundo tempo.

A oportunidade mais clara, e talvez a melhor da partida, saiu apenas aos 38 minutos, em lançamento de Aránguiz para Sánchez, que recebeu na área e girou batendo de primeira, arrancando o grito de gol no Estádio Nacional.

O troco argentino veio em seguida: em contra-ataque puxado por Messi no último lance da etapa final, aos 46, Lavezzi foi acionado na esquerda e cruzou para a entrada de Higuain do lado direita. O centroavante chegou a completar, mas ela ficou na rede do lado de fora. Alívio geral entre os chilenos.

Os anfitriões estavam mais inteiros e mostraram isso na prorrogação.

Marcelo Díaz, em chute por cima, e Sánchez, aproveitando furada de Mascherano, ameaçaram na primeira parte. O nervosismo tomou conta na segunda e o duelo acabou sendo decidido nos pênaltis, mesmo.

O público foi de 45.693 mil pessoas em Santiago.

Com o resultado, o Chile assegurou ainda lugar na próxima Copa das Confederações, na Rússia, em 2017.