Das
5.570 cidades do Brasil, 1.178 viram suas populações encolherem entre 2000 e
2013, segundo levantamento feito pelo G1 com base em dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 21,1% do
total, sendo que a maioria dos municípios (98,8%) tem menos de 50 mil
habitantes.
Japi
teve uma variação de 13,2. Ou seja, do ano de 2000 para 2013, Japi perdeu 838
habitantes. Clique
aqui e veja uma matéria feita ano passado por este Blog sobre o baixo
índice de desenvolvimento humano de Japi (IDH). Em
2000 a nossa população era de 6.328, já em 2013, houve um rebaixamento para
5.49. Veja o mapa abaixo:
Acesse o mapa pelo link: http://g1.globo.com/brasil/Cidades-que-encolheram-2000-2013/ |
Do
total, 63 cidades cujos dados não constam no Censo Demográfico de 2000 não
foram consideradas, pois suas fundações ocorreram após esse ano ou pouco tempo
antes.
Taxa
de fecundidade e migração
De acordo com Alisson Barbieri, professor do Departamento de Demografia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o alto percentual de cidades que encolheram pode ser explicado pela combinação de dois fatores: a redução da fecundidade no país e os processos migratórios internos.
Segundo
dados do Censo Demográfico de 2010 divulgados em 2012 pelo IBGE, a taxa de
fecundidade brasileira caiu de 6,16 filhos por casal em 1940 para 1,9 entre
2000 e 2010. Para a população continuar crescendo, o nível mínimo é de 2,1. Por
isso, o ritmo de aumento da população no país passou de 3% ao ano na década de
50 para 1,17% na última década.
No
país, apenas a região Norte está acima da média da taxa - 2,47. As mais baixas
são a Sudeste (1,7) e a Sul (1,78), cujos estados se destacam com altas
proporções de municípios que encolheram: Rio Grande do Sul (42,5%), Paraná
(36,6%) e Santa Catarina (27,5%).
Ao
mesmo tempo, as cidades pequenas ainda sofrem com o abandono de pessoas que
buscam melhores condições de vida em outras cidades maiores. "Isso está
ligado ao fato de que muitos municípios são criados no país sem qualquer
estrutura econômica, então a sustentabilidade deles é questionável. [A queda de
população] é uma consequência previsível", diz Barbieri.
Além
disso, a migração causa um ciclo negativo. "Como tendem a perder suas
populações ativas, esses municípios ficam com a estrutura etária envelhecida, o
que requer estrutura médica melhor, entre outras coisas. Isso compromete ainda
mais a sustentabilidade dessas cidades."
O
que fazer para contornar o problema "é uma grande questão", segundo o
professor. "Tem que pensar em programas de descentralização econômica
regional, algum tipo de estratégia para dinamizar os municípios", afirma
Barbieri.