segunda-feira, 21 de abril de 2014

Segundo o IBGE população de Japi encolheu


Das 5.570 cidades do Brasil, 1.178 viram suas populações encolherem entre 2000 e 2013, segundo levantamento feito pelo G1 com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 21,1% do total, sendo que a maioria dos municípios (98,8%) tem menos de 50 mil habitantes.

Japi teve uma variação de 13,2. Ou seja, do ano de 2000 para 2013, Japi perdeu 838 habitantes.  Clique aqui e veja uma matéria feita ano passado por este Blog sobre o baixo índice de desenvolvimento humano de Japi (IDH). Em 2000 a nossa população era de 6.328, já em 2013, houve um rebaixamento para 5.49. Veja o mapa abaixo:

Acesse o mapa pelo link: http://g1.globo.com/brasil/Cidades-que-encolheram-2000-2013/
Do total, 63 cidades cujos dados não constam no Censo Demográfico de 2000 não foram consideradas, pois suas fundações ocorreram após esse ano ou pouco tempo antes.

Taxa de fecundidade e migração

De acordo com Alisson Barbieri, professor do Departamento de Demografia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o alto percentual de cidades que encolheram pode ser explicado pela combinação de dois fatores: a redução da fecundidade no país e os processos migratórios internos.

Segundo dados do Censo Demográfico de 2010 divulgados em 2012 pelo IBGE, a taxa de fecundidade brasileira caiu de 6,16 filhos por casal em 1940 para 1,9 entre 2000 e 2010. Para a população continuar crescendo, o nível mínimo é de 2,1. Por isso, o ritmo de aumento da população no país passou de 3% ao ano na década de 50 para 1,17% na última década.

No país, apenas a região Norte está acima da média da taxa - 2,47. As mais baixas são a Sudeste (1,7) e a Sul (1,78), cujos estados se destacam com altas proporções de municípios que encolheram: Rio Grande do Sul (42,5%), Paraná (36,6%) e Santa Catarina (27,5%).

Ao mesmo tempo, as cidades pequenas ainda sofrem com o abandono de pessoas que buscam melhores condições de vida em outras cidades maiores. "Isso está ligado ao fato de que muitos municípios são criados no país sem qualquer estrutura econômica, então a sustentabilidade deles é questionável. [A queda de população] é uma consequência previsível", diz Barbieri.

Além disso, a migração causa um ciclo negativo. "Como tendem a perder suas populações ativas, esses municípios ficam com a estrutura etária envelhecida, o que requer estrutura médica melhor, entre outras coisas. Isso compromete ainda mais a sustentabilidade dessas cidades."

O que fazer para contornar o problema "é uma grande questão", segundo o professor. "Tem que pensar em programas de descentralização econômica regional, algum tipo de estratégia para dinamizar os municípios", afirma Barbieri.